segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Canais de Comercialização

No que concerne à comercialização, existe um amplo conjunto de produtos e subprodutos da ranicultura com potencial econômico, envolvendo animais vivos e/ou abatidos. É pratica comum entre os ranicultores o fornecimento mútuo de girinos e imagos para a respectiva cria e recria, havendo, contudo uma tendência à especialização. Em breve, a reprodução (para obtenção das desovas) e criação de girinos ficarão restritas aos grandes ranários, que fornecerão os imagos para ranicultores que possuirão apenas as instalações de recria (recriadores).
A rã viva tem sido exportada para os Estados Unidos, onde os restaurantes especializados na cozinha oriental absorvem grande quantidade do produto. Além disso, existe demanda de animais vivos para estudos e experiências laboratoriais, e para compor o plantel de reprodutores de novos criatórios.
O principal produto da atividade é a carne de rã, que é comercializada fresca, congelada ou processada, cujo excelente sabor e qualidades nutricionais, tem propiciado crescimento considerável do seu consumo, não obstante às restrições de preço. A coxa é à parte de maior aceitação, embora no Brasil esta preferência não seja tão acentuada como no mercado internacional, onde praticamente não se consome o restante da carcaça.
A distribuição da produção se faz conforme esquematizado na Figura 1. O ranário completo possui basicamente três produtos: girinos, imagos e rãs. Os dois primeiros são vendidos a outros ranicultores que darão continuidade ao processo produtivo. As rãs são entregues aos abatedouros (industria de abate) que por sua vez, fornecem a carne aos varejistas que as venderão ao consumidor final. Certamente este procedimento pode ser alterado quando o fornecimento se faz diretamente ao consumidor ou ao varejista, ou mesmo do abatedouro para o consumidor, conforme ilustram as setas pontilhadas.
 

O fornecimento direto do produtor ao consumidor é explicado pela tentativa de se evitar a intermediação freqüentemente prejudicial ao produtor. No entanto, as condições inadequadas de abate, comprometendo a qualidade do produto, e o desvio da atenção do ranicultor para outras tarefas tem, via de regra, levada esta tentativa ao fracasso. O problema da intermediação tem sido superado via associação de produtores para constituir sua própria unidade de processamento e comercialização.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário